Nos últimos anos, o Largo do Rio Vermelho tem registrado o crescimento do público que toma conta das ruas no bairro na noite do dia 1º de fevereiro. Por volta das 23h, o movimento é tão intenso que, independentemente do dia de semana, parece feriado. A presença de pessoas ocorre em antecipação ao Dia de Iemanjá.
Durante a madrugada do dia 2 de fevereiro, são inúmeros os adoradores e admiradores da divindade que levantam antes do sol raiar – ou nem dormem – para deixar um presente para a orixá. O que era exceção, no entanto, tem se tornado popular e concentrado um número de religiosos quase tão grande quanto no período de celebrações diurnas.
Enquanto as pessoas chegam com várias horas de antecedência ao Rio Vermelho, é realizado, no Dique do Tororó, a tradicional entrega do presente à Oxum, a orixá das águas doces.
Reza a lenda transmitida pela oralidade que ela é presenteada primeiro para não causar ciúmes à Rainha do Mar e, durante a cerimônia de entrega, quem é filho de Iemanjá também deve comparecer. Isso, no entanto, não é seguido por todos, já que muitos daqueles que são apegados à dona das águas salgadas preferem garantir um momento de conexão com a orixá.